O deslumbrante mundo dos perfumes tem seu
início no período mais antigo da humanidade, a pré-história.
Durante
este período o homem habitava cavernas, alimentavam-se da caça de animais, da
pesca e da coleta de frutos e raízes. O olfato era então um dos principais
sentidos na manutenção da sobrevivência humana. Através do olfato, os homens
das cavernas sentiam um animal selvagem se aproximar e planejam a estratégia da
defesa.
Como o meio de
alimentação do ser humano era através da caça, o homem matava muitos animais e
o sacrifício dos mesmos causava um odor muito forte e desconfortável. Com a
descoberta do fogo, o homem observou que a queima de algumas madeiras e plantas
liberavam um odor agradável. Então, para inibir o mau cheiro, eles queimavam
plantas como: o sândalo, a canela, o Cedro do Líbano, a mirra e o benjoim.
Entretanto, se a queima
de plantas inicialmente visava disfarçar o odor desagradável, posteriormente
ela ficou associada também aos rituais religiosos, pois os homens
pré-históricos começaram a crença de que o perfume exalado aos céus atraia a
atenção dos Deuses.
Curiosidade:
Na
época do Neolítico, tempo relativamente pacífico, em que a força bruta não
contava tanto como fator de autoridade e as diferenças sociais entre os sexos
se estreitavam, é bem possível que deusas, e não deuses, tivessem encarnado as
principais virtudes da cultura.
Estudiosos relatam que a religião da
deusa mãe, baseada na natureza e no sexo, era a grande religião das origens, da
pré-história. Entre as centenas de estatuetas encontradas, algumas têm em comum
os seios fartos e os quadris volumosos como Pótnia. Talvez a mais famosa seja a
Vênus de Willendor. Nela, os seios, as nádegas e o ventre formam uma massa
compacta, de onde emergem a cabeça e as pernas — na verdade, pequenos tocos.